sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Momentos das oficinas 3

Apresentação Momento Educom

Momentos das oficinas 2

Catatudo

Momentos das oficinas 1

Apresentação Simposio Fotos Power

Encontro de encerramento: um começo?

"Somos um coletivo e cada um contribui para a transformação das pessoas. E cada um de nós somos comunicadores natos". Palavras que caracterizam bastante o trabalho que fizemos em Caraguatatuba, ditas pelo querido Carlinhos Paes durante o nosso encontro de encerramento.

Mais do que programas de rádio, nos envolvemos, nos mobilizamos e "contaminamos" uns aos outros sobre as questões socioambientais... e muita gente com certeza escutou os nossos programas e se empolgou também.

Mas encerramento? Só se a gente não for atrás... mais de 10 comunicadores da região estiveram presentes, e muitos abriram espaço para tudo o que discutimos durante todos esses meses. Então, vamos aproveitar esse movimento e ir a luta!


Encontro de encerramento das oficinas de educomunicação

Os educomunicadores do projeto “Água de Beber, de Comer, de Usar e Conservar...Ciclos Contínuos” estão organizando um encontro, no dia 27 de Fevereiro, às 16 horas - na Faculdade Módulo, o qual contará com a participação dos jornalistas de Caraguatatuba. O grupo de educom vai falar sobre as experiências de produzir reportagens, apresentar trechos de programas de rádio mais marcantes e promover um debate sobre as questões socioambientais. Ao final do evento, será apresentado um vídeo em homenagem aos jornalistas.

O trabalho de educomunicação é desenvolvido pelo Projeto Água de Beber desde o início do projeto e proporcionou a participação da comunidade em oficinas específicas de comunicação, onde os alunos aprenderam a produzir programas de rádio, montar um blog e jornal-mural. Nas últimas oficinas, realizadas em janeiro de 2009, a proposta foi também a de conhecer os veículos de comunicação locais, por meio de exercícios de análise crítica da mídia, onde os alunos leram jornais e entrevistaram os comunicadores de Caraguatatuba para conhecer de perto seu trabalho.

Os participantes das oficinas – crianças, donas de casa, aposentados, profissionais liberais, professores, jovens – elaboraram ao longo do projeto aproximadamente 120 programas de rádio, veiculados diariamente na rádio Oceânica AM com o nome “Na Rede do Juqueriquerê”. Os temas na maioria das vezes foram escolhidos pelo próprio grupo, e as entrevistas realizadas com associações de moradores, instituições governamentais, órgãos fiscalizadores e muita gente da comunidade de Caraguá. “Meio ambiente, cultura caiçara e a relação da sociedade local com esses temas foram os principais focos de investigação dos repórteres e alunos”, afirma a consultora de educomunicação do projeto, Débora Menezes.

Segundo Débora, o olhar da comunidade reflete-se sobre os programas de rádio veiculados até o momento. Os alunos de educomunicação entenderam melhor sobre como a rede de esgoto é importante para o município, e o quanto depende das pessoas, e não só do governo ou da Sabesp, por exemplo, para ser implantada. Descobriram sobre quanto custa levar os resíduos sólidos para um aterro sanitário em outro município, e como é urgente providenciar a coleta seletiva, para diminuir o volume desses resíduos. “Entenderam o que é uma bacia hidrográfica, e qual o significado do rio Juqueriquerê para o equilíbrio socioambiental de nossa região”, explica.

Dentro dos objetivos do projeto Água de Beber – onde a comunicação com o viés educacional é prioridade – as práticas educomunicativas realizadas até o momento ajudaram a potencializar ações. “Ao pesquisar e produzir reportagens, os alunos também se sentiram estimulados a planejar e a participar de ações como mutirões de limpeza e de plantio de árvores em localidades da cidade”, finaliza Débora.

O projeto Água de Beber, de Comer, de Usar e Conservar...Ciclos Contínuos é desenvolvido pelo Instituto Supereco com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental. Rede de parceiros: Instituto General Motors, Grupo Bandeirantes de Comunicação do Vale do Paraíba, Sabesp, CRAS – SUL – Centro de Referência de Assistência Social do Porto Novo, Projeto Feito Aqui, feito por nós, SEDUC – Secretaria de Educação de Caraguatatuba e Car Promotion.

Proposta da Educomunicação

Um novo campo de pesquisas e práticas está trazendo resultados positivos para a educação ambiental - trata-se da educomunicação, que conecta as áreas de educação e comunicação de forma a contribuir para resolver um problema-chave dentro dos processos educativos relacionados ao meio ambiente e sua relação com a sociedade: como o uso dos meios de comunicação pode promover mudança de consciência e mobilização coletiva, objetivos que a educação ambiental tanto almeja.

O termo educomunicação surgiu entre pesquisadores como o uruguaio Mário Kaplun e o brasileiro Ismar de Oliveira Soares, que pesquisa a inter-relação entre comunicação e educação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Nas práticas educativas, o principal foco é promover a utilização da mídia e das tecnologias, especialmente da internet, para que os educandos se expressem.

Esses educandos, que podem ser tanto alunos de escolas quanto pessoas da comunidade, são convidados a refletir sobre a mídia e a produzir conteúdo, favorecendo a troca de saberes e o protagonismo social. Ao escrever, filmar, fotografar e gravar áudios na forma de entrevistas, radionovelas, blogs e produções midiáticas, podem ter acesso a um conhecimento que não teriam com tanta facilidade, aprendem a pesquisar sobre os temas.

É importante destacar que esse campo é reconhecido pelo governo federal por meio do Programa de Educomunicação Socioambiental, dentro das políticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Alguns municípios também levantaram a bandeira da educomunicação e São Paulo, por exemplo, votou a lei 13.941/2004. Essa lei institucionalizou ações educomunicativas, como as realizadas atualmente em escolas públicas da capital – muitas trabalham o rádio dentro de seus projetos pedagógicos.

Para saber mais:
www.usp.br/nce - Site do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo, com textos de referência sobre educomunicação.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20&idMenu=8028 - Programa de Educomunicação Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
http://blogandonasondasdoradio.blogspot.com – Blog mantido pela equipe de educomunicação da Prefeitura Municipal de São Paulo, com link para programas de rádio produzidos por alunos de escolas públicas.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tratado de Educação Ambiental, Michèle Sato



"A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade". A recomendação é uma das ações do Tratado de Educação Ambiental Para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
Isto lembrado, de uma forma poética (por Michele Sato), nos coloca diante dos grandes desafios da educomunicação. Pois, as práticas educomunicativas, resultado da inter-relação entre Comunicação e Educação (a educação usando as tecnologias da comunicação ou a comunicação produzindo para a educação), desenvolvem-se a partir da democratização da comunicação e a acessibilidade à informação. Portanto, a educação socioambiental, praticada pela educomunicação, visa desenvolver atividades comunicativas democráticas e participativas, garantindo a dialogicidade dos processo comunicativos.
Carmen Gattás


Postado por Carmen Gattás

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Resíduos Sólidos Não é Lixo

Olá a todos. Aqui é Celeste Cotrin, e quero relatar uma experiência positiva de ação socioambiental que estou participando aqui em Caraguatatuba.

Nosso grupo da educomunicação visitou a Cooperativa Catatudo de Caraguá para conferir como os Cooperados trabalham. A partir dessa visita, produzimos programas de rádio e iniciamos um grupo de trabalho sobre coleta seletiva, com a participação de membros da cooperativa.

Esse Grupo de Trabalho já teve sua primeira reunião na primeira semana de fevereiro. Foi elaborado algumas propostas de trabalho e tarefas para o grupo. Uma proxima reunião foi marcada para o dia 26 de fevereiro de 2009, em local a confirmar. Quem quiser participar, por favor, entre em contato! O GT tem o objetivo de trabalhar também com as associacões de bairro, para ampliar a coleta seletiva no município.

Aproveito para deixar mais uma notícia: o Movimento dos Catadores, com apoio Federal, vai realizar um encontro para troca de experiências em Caraguatatuba,
na primeira semana de março. O grupo organizador, entre eles a Catatudo, necessita de apoio para oferecer almoço e lanches, para nossos convidados.

Participe, envie sugestões, entrando em contato pelo e-mail
celeste.cotrin@ig.com.br.




sábado, 14 de fevereiro de 2009

Para as nossas conquistas e também despedidas no dia 27 de fevereiro

Alegria, alegria - Caetano Veloso

"Caminhando contra o vento
Sem lenço sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves guerrilhas
Em Cardinales bonitas
Eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes pernas bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot

O sol nas bancas de revistas
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou

Por que não?
Por que não? (...)"

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Qual é o destino final do lixo que produzimos?


Parece um absurdo, mas não temos a mínima consciência de quanto LIXO produzimos todos os dias. Para Rubem Alves (escritor do texto O LIXO, do livro “Vamos construir uma casa?”, 2ª. Ed., 2006) os entendidos no assunto calcularam que cada pessoa produz em média 1 quilo de lixo por dia. Tomando este cálculo como base, a quantidade de lixo produzida em Caraguatatuba (Litoral Norte Paulista, que tem uma população de quase cem mil habitantes) é de 100.000 quilos de lixo por dia, ou seja, 100 toneladas.
Agora pergunto: - O serviço de coleta de lixo, nesta cidade, levará todos os resíduos para onde?
Continuando nosso cálculo, pense na quantidade de lixo acumulado por mês e depois, por ano. Isso tudo, sem falar na quantidade de gases e fumaças e no lixo contaminado. Segundo Rubens Alves, “Nosso corpo tem buraquinhos pelos quais ele se livra do seu lixo. Esses buraquinhos têm o nome científico de “esfíncteres”! Mas a nossa Terra, nossa casa, não tem buraquinhos. Imagine um fogão de lenha sem chaminé. A chaminé é o esfíncter do fogão de lenha. Para onde vai a fumaça? E Sem chaminé, a fumaça enche a casa. Panela de pressão sem válvula de segurança? A válvula de segurança é aquele furinho pelo qual passa o vapor, chiando. O que acontece com a panela? Ela explode. Nossa terra não tem um jeito de se livrar de seu lixo. O lixo que produzimos fica dentro dela. E ela está sendo envenenada aos poucos por aquilo que damos o nome de progresso... De vez em quando, o ar das cidades fica envenenado: as pessoas ficam com doenças pulmonares e olhos vermelhos, lacrimejando. De vez em quando, um navio petroleiro, sofre um furo no casco, e o petróleo, negro, visguento e venenoso, cobre o mar. Morrem as aves cobertas de petróleo. Morrem os peixes. E as ondas levam o petróleo para as praias, que ficam negras" (p. 99).
Nada disso tem acontecido em Caraguatatuba? Será que devemos permanecer como avestruzes e continuarmos não dando importância para estas questões?
Pois é ... ao valorizarmos e facilitarmos o destino para o lixo estaremos fazendo um bem para nós mesmos. Se sabemos que alguns lixos são bons para a Terra, para a nossa saúde e bem estar, e outros são tóxicos e nos causam doenças, poderemos diferenciar estes lixos como: biodegradáveis (bio=vida. Ex.: os cocôs de vaca, cavalo e galinha que tornam-se adubos), tóxicos (entoxicam a Terra nos causando doenças. Ex.: pilha, baterias, lixo hospitalar, etc.) e finalmente os não biodegradáveis ( lixos que não serão absorvidos pela Terra. Ex: plástico, isopor, geladeira velha, etc.) que, por outro lado, podem ser recicláveis, ajudando em causas socioambientais.
Pois é, mas a forma como agimos, ignorando estas questões, tem desviado o interesse público e da sociedade em ampliar os investimentos em torno dos LIXOS.
Vejam o que pudemos colher de informações em uma visita que fizemos à Cooperativa Catatudo em Caraguatatuba:
Segundo o Administrador João Rocha, “quem trabalha na Cooperativa é associado e não funcionário, pois caracterizam um grupo de pessoas que se reúnem formando um negócio. O ganho destes cooperados está diretamente ligado à quantidade produzida na Cooperativa. A assembléia é que aprova todas as ações da Cooperativa, que possui uma direção com presidente e vice-presidente, diretor administrativo e diretor financeiro. O cooperativado faz seu registro e passa a ser sócio, tendo seus direitos vinculados ao estatuto da cooperativa”. Porém, apesar da Cooperativa estar bem organizada, eles tiveram muitas perdas nos últimos meses e não têm tido condições de sobreviver com o que têm recebido neste trabalho.

Rocha ainda afirma que a Cooperativa é uma porta aberta à cidadania. Porém estão muito carentes de um envolvimento maior da Sociedade Civil organizada e do Poder Público. Precisam de mais veículos para recolher o lixo, enquanto os moradores poderiam organizar o lixo separadamente e colocá-lo em locais aonde o caminhão passa (o caminhão trabalha 5 dias na semana, das 7h00 ao meio dia). Por terem um período curto com o caminhão, não conseguem passar por muitos locais, então selecionaram alguns locais aonde os moradores poderm levar o lixo para ser recolhido por eles. Faça a sua parte! Vamos verificar estas afirmações e começar a agir, antes que a Terra nos devolva todo o mal que lhe temos causado!
http://www.youtube.com/watch?v=kiAsmQdH38I

Oficinas de Educomunicação - 2008 e 2009 - Caraguatatuba


http://www.youtube.com/watch?v=N1bJT0Z0p3c

Oficina de Jornal-Mural - 27 de janeiro de 2009


http://www.youtube.com/watch?v=cN8Wvz0oamo

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Lixo na praia: visão de uma educadora



A professora Maria Rita, da EMEF José de Alcântara Machado (SP), achou a fotonovela no blog Educom Verde e compartilhou um videoclipe de fotos que fez em suas férias nas praias de Caraguatatuba. Confira!